terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Só por hoje...


É muito interessante essa filosofia de enfrentamento à dependência química. Realmente viver um dia de cada vez é uma estratégia muito boa de se encarar os desafios do dia a dia.

Penso que posso estender essa filosofia de vida a mim também, muito de minhas angústias e aflições reside no fato de criar expectativas e planos a longo prazo.

Chego ao mês de dezembro e já penso como será o ano seguinte, reflito o ano que se finda resgatando situações passadas em que podería agir diferente e que me colocaría numa condição melhor da que estou hoje. E o hoje? Não seria interessante pensar o que posso fazer hoje para estar bem hoje?

Não quero deixar de curtir a felicidade que me invade hoje por pensar no que pode dar errado amanhã, quero vivenciar intensamente todo o sentimento que emergir em mim no dia de hoje. Nas sábias palavras de Renato Russo:

"Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu não vou me destruir
Posso até ficar triste se eu quiser
É só por hoje, ao menos isso eu aprendi"

Pois bem, não posso mudar os acontecimentos passados, nem tampouco visualizar o que virá adiante. Só tenho o aqui agora, só posso viver um dia de cada vez. Quero amar e ser feliz só por hoje...

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Estar só x Solidão


Sempre refleti esta questão sobre a nobre diferença que existe entre o sentimento de Estar só e a Solidão. Acredito que não se trata apenas de uma questão de estar ou não em contato com outras pessoas, penso em algo como um mergulho no interior de si mesmo, buscando contemplar o que se passa em nossa alma.

Quando a pessoa está sozinha, seja no seu quarto, em sua sala de estar, numa montanha, numa trilha de cachoeira... enfim, ela visualiza suas lembranças significativas, sorrir de si mesmo ao reviver momentos felizes. Podemos folhear fotos do passado, ler um bom livro, assistir um belo filme. Apesar de estarmos sozinhos nestes momentos, não estamos na solidão. Pois neste mergulho interno vislumbramos nossa alma iluminada e entramos em contato com essa energia que nos nutre e nos eleva a um vôo alto que nos conduz à plenitude do amor.

Na Solidão ao fazer este mergulho interno encontramos a escuridão e nos perdemos dentro de nós mesmos. Por isso mesmo que estejamos no meio de uma multidão, sentado em um banco de praça cercado de pessoas felizes, crianças brincando, pássaros cantando, ainda sim nos sentimos na solidão.

O que gostaria de trazer à reflexão nestas simples palavras é que temos uma tendência a buscar o que nos é significativo no outro, nos anulamos e esquecemos de nós mesmos.

Convido-os a uma viagem ao interior de si mesmos e sejamos felizes, mesmo quando estivermos sozinhos.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Fazer Amor...


Fazer amor é muito além do sexo. Reduzir o fazer amor ao ato sexual é muito pouco no que diz respeito a mais bela forma de expressão de sentimentos do ser humano. Há aqueles que ainda diferenciam indicando o fazer amor como o ato sexual mais comedido enquanto que o mais passional, mais quente e mais sacana este sim é apenas sexo. Tolice, fazer amor é muito mais amplo. E daí se no ápice do encontro, quando os corpos se tocam e as almas se unem, nos deleitamos com prazeres da carne, cheios de tesão e desejo... ah o sexo! Como é gostoso, os gritos e os gemidos, as mordidas, os beijos ardentes... em cima da cama, no chuveiro, dentro do carro, nos lugares mais improváveis, nas posições mais ousadas, nas variações mais desejadas, com assessórios, com fantasias... isto é só sexo, não é fazer amor? E será que só neste momento que fazemos amor?


Fazer amor está no tocar suave das mãos que se entrelaçam entre os dedos acompanhado de uma troca de olhar tímida e singela, está num beijo carinhoso tocando a face da pessoa amada, sentindo seu perfume e por instante entrar numa ilusão de que não há mais ninguém a nossa volta, mesmo estando no meio de uma multidão. É olhar nos olhos, sem dizer uma palavra e ao mesmo tempo dizer muita coisa e naquele silêncio da troca de olhares deixar escapar um sorriso.


É acordar de manhã, e rir sozinho diante do espelho na hora de escovar os dentes pensando na pessoa amada. É se arrepiar quando ouve o toque de uma mensagem no celular e abrir um largo sorriso quando constata que é exatamente de quem você estava pensando. É quando mesmo sozinho, em casa, no seu quarto, deixa escapar uma lágrima de saudade ao ouvir uma bela canção que lembre dele ou dela.


Fazer é amor é dar gargalhadas num momento de descontração com os amigos numa mesa de bar ou na sala de estar de casa. É passear juntinhos de mãos dadas numa tarde de domingo, tomar um sorvete, caminhar na praia, brincando de desenhar corações na areia e depois curtir o pôr do sol abraçados.


Então não vamos perder tempo, façamos amor!!!